O coronavírus já é considerado uma pandemia, ou seja, ele é uma enfermidade epidêmica que está disseminada de maneira ampla. Por sua vez, epidemia é uma doença que é transmitida e ataca muitos indivíduos ao mesmo tempo e em um mesmo local. Ou seja, esse é um vírus transmissível e já foi identificado em vários países de diferentes continentes.

Você sabia que esse é um vírus antigo e já está em nossa sociedade desde a década de 60? Contudo, seus principais ciclos aconteceram nos anos 2000, na China e no Oriente Médio. O que diferencia essa nova infecção respiratória é que ela é um tipo ainda não visto da família do coronavírus. 

Como é um vírus ainda em mutação, fica mais complexo a criação de mecanismos de combate, seja do próprio organismo, seja por meio de medicamentos e vacinas. Sendo assim, minimizar as possibilidades de transmissão e infecção é a solução imediata a ser adotada.

Mais sobre as causas, sintomas, riscos e modos de prevenção do novo coronavírus, você encontra neste artigo. Por isso, continue a leitura!

1. O que é o coronavírus?

Também conhecido como CoV, esse vírus faz parte de uma família viral causadora de infecções respiratórias em humanos e animais. Geralmente, os sintomas são semelhantes a um resfriado, com níveis leves. 

Contudo, também existem crises graves, que até então tinham como o mais preocupante o SARS-CoV (Severe Acute Respiratory Syndrome), que matou cerca de 800 pessoas no início dos anos 2000. Vejamos mais sobre os tipos de coronavírus adiante.

Ele tem a origem em alguns animais, há suspeitas quanto aos peixes e outros frutos-do-mar consumidos pela população chinesa. Nos humanos, ele causa problemas respiratórios e é transmitido de pessoa para pessoa. 

1.1 Tipos de coronavírus

Além do SARS, do qual não existem casos registrados desde 2004, em 2012, um coronavírus distinto foi identificado e isolado, o MERS (Middle East Respiratory Syndrome) — síndrome que se concentrou no Oriente Médio. Houve uma disseminação leve para a Europa, casos isolados e resultantes de transmissão por conta do contato entre pessoas infectadas. 

Ambos causaram e podem causar graves infecções, contudo, o novo coronavírus é o alerta atual da OMS (Organização Mundial de Saúde), pois, após ter sido identificado pela primeira vez, no final de 2019, ele teve uma disseminação rápida e crescente em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

1.2 Novo coronavírus

Assim como os outros ciclos do vírus, o COVID-19 (coronavirus disease 2019 ou, em português, doença por coronavírus 2019) pode ser uma evolução que acomete humanos e animais. O comportamento do novo coronavírus ainda está sendo analisado por especialistas do mundo todo, com isso, o termo de pandemia, apesar de parecer alarmante, não deve causar pânico, pois se refere à disseminação geográfica do vírus. 

Nesse sentido, as indicações quanto ao trabalho que está sendo feito, de prevenção e contenção do vírus pelos governos e organizações de saúde, deve continuar, mesmo em países nos quais ainda não foi identificada nenhuma infecção.

A maioria das pessoas afetadas, até então, estão na China, origem da epidemia, além disso, um número alto dos infectados apresentaram os sintomas leves e se recuperaram. Contudo, como nas outras variáveis da doença, os casos graves estão aumentando, mas o que muda é o fato de eles estarem disseminados por países de todos os Continentes. 

2. Quando novo coronavírus foi descoberto?

O COVID-19 teve origem na China e os primeiros casos — registrados até então como pneumonia — aconteceram em dezembro de 2019 na província chinesa Wuhan. Em janeiro, as autoridades de saúde desse país notificaram a OMS sobre um novo tipo de coronavírus.

No final de fevereiro de 2020, o primeiro caso de infecção no Brasil foi confirmado. Nesse mesmo período, houve um aumento considerável de pessoas infectadas na Europa, principalmente na Itália, país com mais de mil mortes entre cerca de 15 mil casos confirmados até março.

A rapidez com que o vírus se disseminou pelo mundo, passando de 129 fora da China para mais de 15 mil infectados apenas na Itália, já deixa essa variação do coronavírus entre as mais alastradas. Outros países com confirmações expressivas da doença são: Irã, Japão, França, Alemanha e Espanha.

Em três meses, os casos aumentaram ao redor no mundo, porém, na China, já existem sinais de uma diminuição de novos infectados, o que não descarta os cuidados com a pandemia. Alguns medicamentos estão sendo utilizados no tratamento, mas nenhum deles ainda garante a cura dessa patologia.

3. Qual é a doença provocada pelo coronavírus?

A doença pulmonar grave causada pelo novo coronavírus foi denominada COVID-19. A pneumonia e a insuficiência respiratória são as formas graves da doença, enquanto os primeiros sintomas são parecidos com um resfriado leve, podendo desaparecer com o tempo ou agravar diante de outros quadros de cada paciente.  

A confusão com os sintomas da gripe é normal, pois é comum as reações do corpo humano serem muito parecidas em doenças respiratórias. Dessa maneira, outros fatores relevantes são necessários para confirmar um paciente infectado, entre elas a viagem e o contato com pessoas que estiveram nos países com quadro epidêmico grave — nessas situações, é aconselhável fazer o monitoramento dos sintomas por 14 dias.

Pessoas com outros quadros, como as doenças cardiovasculares, e os idosos, são mais propensos às complicações do COVID-19, já que há uma maior vulnerabilidade desses indivíduos em relação a qualquer tipo de infecção. Contudo, a forma como o coronavírus vem se disseminando é um agravante a mais para os riscos nesses casos.

4. Quais são os sintomas da COVID-19?

É importante entendermos como os sintomas do COVID-19 se diferenciam da gripe e do resfriado. Em relação ao resfriado, alguns sintomas são bem distintos, como a febre que é rara no resfriado e comum no novo coronavírus. Já na comparação com a gripe, os indícios são mais próximos, porém, essas informações ainda são baseadas no que se conhece dessa variação do vírus.

Veja como os sintomas, comuns às outras doenças infecciosas, estão sendo relacionados de acordo com os casos confirmados:

  • febre: é comum o grau elevado da temperatura corporal, mas pode não aparecer;
  • tosse: mais comum a tosse seca;
  • fadiga: o cansaço é uma reação comum no caso do coronavírus;
  • dificuldade para respirar: nem sempre esse sintoma aparece;
  • dor de cabeça: poucos casos, mas existe a possibilidade;
  • dor no corpo: assim como a dor de cabeça, pode acontecer;
  • dor de garganta: outra dor pouco comum, mas possível;
  • calafrios: mais comum na gripe, também pode aparecer em casos de coronavírus;
  • coriza: o nariz escorrendo é um sintoma identificado em alguns casos;
  • espirros: aparece como sintoma em alguns infectados, mas é pouco comum.

Enfim, os principais sintomas estão concentrados na febre, fadiga, tosse e dificuldade para respirar. Além disso, a tosse é uma das formas de transmissão, como veremos adiante.

5. Como se dá a transmissão do coronavírus?

As cadeias de transmissão são mais controláveis no início da disseminação de um vírus. Como aconteceu no primeiro caso da doença no Brasil, em que, inicialmente, familiares e pessoas com contato próximo ao infectado tiveram a contaminação confirmada. Porém, é praticamente inevitável que essa transmissão local se torne comunitária.

Nesse caso, o avanço do contágio dificulta a identificação de quem transmitiu o vírus. Isso também acontece pelo fato de terem pacientes assintomáticos, ou seja, que não apresentam os sintomas, mas podem transmitir o vírus. Por isso, os cuidados em qualquer lugar com aglomeração de pessoas devem ser redobrados e, sempre que possível, evitados.

O período de incubação do vírus, que é o tempo entre a exposição à patologia e a apresentação de sintomas dela, é de 14 dias, mas existem pesquisadores que afirmam a necessidade de mais de 20 dias. Enquanto também há estudos que mostram que os sintomas aparecem nos primeiros 5 dias de contato com a doença. Por conta dessa complexidade, as pessoas que vieram da China, por exemplo, ficaram em quarentena, isoladas e sem comunicação entre elas antes de voltarem para suas casas no Brasil.

O tratamento, por enquanto, depende muito da reação do corpo do paciente infectado. Em outras palavras, os medicamentos utilizados servem como agentes fortalecedores do organismo, ou seja, eles mantêm o corpo “funcionando” até que o sistema imunológico tenha forças para combater a infecção.

Veja as principais formas de transmissão do vírus que provoca a doença COVID-19:

  • espirro;
  • tosse;
  • catarro;
  • gotículas de saliva;
  • contato próximo com pessoas contaminadas;
  • contato com objetos contaminados.

Essas são algumas das maneiras já identificadas da transmissão desse vírus, muito parecidas com as formas de contágio da gripe, ou seja, contaminação pelo ar, por contato pessoal ou por secreções.

O que se sabe sobre esse novo coronavírus é que a disseminação de pessoa para pessoa pode acontecer de modo continuado, mas ainda não se tem clareza sobre as formas como ele se dissemina. 

O risco é eminente para qualquer tipo de contato com até um metro de distância entre uma pessoa saudável e uma contaminada, além de ser mais propício de acometer quem já tem algum sintoma respiratório.

6. Qual é o real risco do novo coronavírus?

Atualmente, um dos maiores riscos inerentes da doença pode ser a falta de informação, com a propagação de pânico desnecessário por sensacionalismo e irresponsabilidade. Assim como em outros casos de doença viral, o coronavírus depende muito dos cuidados das pessoas com a higiene, mas, também, do conhecimento quanto aos sintomas para identificá-los a tempo de tratar e evitar a transmissão.

Até agora a maioria das pessoas infectadas apresentaram sintomas leves. O número de casos graves é baixo, porém, o risco de morte não é descartado. Esses números podem mudar de acordo com a evolução da crise, porém, por enquanto, a tendência é que se mantenha uma média de poucas mortes quando relacionada com o número de infectados.

O tratamento hospitalar é recomendado após o acompanhamento do quadro de febre e tosse seca, porém, com a confirmação do teste, o paciente deve manter-se isolado em quarentena. 

Depois de alguns dias com os primeiros sintomas, é comum a dificuldade para respirar ou a falta de ar, que pode culminar em pneumonia e outras doenças pulmonares graves. Essa é uma das causas pela qual a doença acomete mais pessoas com outros problemas respiratórios e patologias crônicas. Os idosos também estão mais expostos ao coronavírus, apresentando quadros mais complicados em relação aos pacientes mais jovens.

Mesmo com todo o alarde, esse ainda é um vírus com uma transmissão menos intensa se comparada com a gripe, por exemplo. 

7. Como pode ser feita a prevenção do contágio?

Como vimos, a melhor maneira de minimizar as chances de infecção é com a higienização após o contato com aglomerações ou aproximação entre pessoas desconhecidas, como em um elevador, ou objetos passíveis de manterem o vírus ativo, portas e corrimão.

Lembrando que as dicas abaixo devem tornar-se um hábito, pois também previnem outras doenças virais. Confira!

7.1. Manter as mãos higienizadas

Entre os cuidados mais essenciais para evitar a contaminação está a higienização das mãos. A OMS destaca, em todas as suas fontes de informação, a importância de lavar as mãos com água e sabão, já que o sabão quebra a gordura, que é um dos compostos do envelope viral.

Além de fragilizar, o sabão mata esse tipo de vírus, porém, a limpeza deve ser completa. Sendo assim, lave as mãos até metade do pulso e esfregue as partes internas das unhas. A forma recomendada não é aquela lavadinha rápida, passando apenas pela água:

  • molhe bem as mãos;
  • espalhe o sabão na palma da mão e no dorso;
  • passe o sabão entre os dedos, com a ajuda da outra mão;
  • faça uma conchinha para esfregar embaixo das unhas;
  • lave bem o polegar e os punhos;
  • enxágue da ponta dos dedos para baixo;
  • feche a torneira com o cotovelo ou com o auxílio de um papel;
  • seque bem as mãos, de preferência com papel toalha.

Sempre que possível, complete a limpeza com o álcool 70 em gel. O álcool em gel também deve ser utilizado antes do contato das mãos com os olhos, nariz e boca. Em caso da falta de água e sabão, ele também é uma opção imediata, porém, não substitui a higienização das mãos, que deve durar cerca de 40 segundos. 

7.2. Evitar locais fechados e multidões

Esta é uma indicação não apenas para evitar a contaminação pelo coronavírus, mas, também, para evitar a transmissão, caso você apresente alguns dos sintomas, ou seja, os cuidados de transmissão e contaminação são os mesmos.

O vírus costuma ser transmitido pelo ar, por isso, em espaços fechados ele pode ficar incubado e ser transmitido no contato com objetos nesses locais. Por isso, como veremos, a combinação entre os próximos modos de prevenção são essenciais. 

7.3. Não tocar a boca, olhos e nariz

Caso você tenha contato com algum objeto contaminado e, logo depois, coloque as mãos em algumas dessas partes do corpo — boca, olhos e nariz — sem limpá-las, os riscos de contaminação ainda existem por conta do vírus conseguir manter-se vivo mesmo fora do organismo.

É comum que infecções respiratórias sejam contraídas por essas partes do corpo, pois há possibilidades da secreção do paciente contaminado entrar em contato com as mucosas dessas regiões corporais. É interessante destacar que alguns pacientes apresentaram quadro de conjuntivite, o que pode ser um sinal de contaminação pelos olhos, mas não há comprovações exatas ainda sobre o assunto.

7.4. Manter os objetos de uso manual sempre limpos

Os materiais que estão sempre com você, seja no trabalho, seja na faculdade, precisam estar sempre limpos também, já que o contato deles com superfícies contaminadas pode acontecer, principalmente em relação aos celulares.

É possível que um vírus sobreviva por até 3 dias no vidro da tela do smartphone, por isso, a limpeza desses objetos também ajuda a evitar a contaminação e transmissão do COVID-19. Veja como limpá-los:

  • desligue o celular;
  • umedeça um pano macio em água morna com sabão ou de acordo com a indicação da fabricante do seu aparelho;
  • mantenha a limpeza frequente.

Você já parou para pensar em quantas vezes pega seu celular por dia? Além do coronavírus, um número grande de bactérias e outras infecções podem se alojar nos celulares, por isso, a limpeza é preventiva não apenas em relação ao novo vírus, mas quanto a outras milhares de infecções.

7.5. Evitar contato direto com pessoas

O brasileiro tem um costume de abraçar, dar os famosos três beijinhos e, nem aqueles mais tímidos dispensam o aperto de mãos. Em casos como a pandemia do coronavírus, esses são gestos que devem ser evitados, sendo indicado o contato de no mínimo 1 metro de distância entre as pessoas.

Um lugar propício para a transmissão, além das aglomerações em transportes, como aviões e ônibus, é o ambiente de trabalho. Muitas empresas estão localizadas em prédios empresariais, assim, mesmo que seu negócio não tenha o contato físico com pessoas de outras partes do mundo, nas outras empresas isso pode ser corriqueiro.

Enfim, o local de trabalho é um espaço de potencial multiplicação desse vírus respiratório, pois as pessoas ficam juntas, conversam, se cumprimentam. Nesse sentido, evitar o contato mais próximo é essencial no momento de pandemia, além da constante higienização, é claro!

7.6. Proteger a boca e o nariz ao tossir e espirrar

Outra maneira de evitar a contaminação e, ao mesmo tempo, a transmissão em caso de pessoas infectadas, é protegendo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. Porém, isso não deve ser feito com as mãos, pois o contato delas com objeto ou pessoas é um risco. Portanto, busque sempre usar um papel ou use a parte interna do cotovelo.

8. Como o coronavírus é diagnosticado?

Primeiramente são verificados os sintomas e os possíveis contatos com pessoas infectadas. Porém, nesse segundo caso, quando o quadro se agrava para a transmissão comunitária, esse pode passar a ser um fator pouco importante, pois não se tem mais controle da cadeia de transmissão.

Com a suspeita inicial confirmada, faz-se a coleta de materiais respiratórios, como a aspiração de vias aéreas ou indução de escarro — são necessárias a coleta de duas amostras. Uma delas é enviada para o NIC (Centro Nacional de Influenza), enquanto a outra é submetida à análise metagenômica, que compreende 3 etapas principais:

  •  processamento da amostra;
  • sequenciamento;
  • análise de dados.

A confirmação da doença vem por meio da detecção do RNA viral, possível a partir dos exames de biologia molecular. A orientação é que seja feita a coleta de ANF (aspirado de nasofaringe) ou da secreção respiratória inferior (escarro).

9. Qual o tratamento do coronavírus?

Como vimos, ainda não existem tratamentos específicos para a doença. O que acontece é o uso de medicamentos antitérmicos e analgésicos, além de cuidados comuns em casos de gripe, como o banho quente e o auxílio de umidificador de ar para aliviar a tosse.

No Brasil, a maioria dos casos podem ser atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O sistema gratuito está preparado para enfrentar uma possível epidemia no país, podendo atender 90% dos casos de acordo com o governo. São mais de 42 mil postos de saúde espalhados pelo país e eles estão prontos para atender casos leves, principalmente, quando ainda no início dos sintomas.

O COVID-19, apesar das pesquisas e possíveis vacinas já em processo de teste, ainda é uma doença que depende muito dos cuidados das pessoas com a higiene, principalmente das mãos. A necessidade de quarentena também é uma questão que depende da orientação médica, porém, a ida ao hospital deve ser consciente, com os cuidados levantados neste artigo, pois, somente assim, é possível minimizar a contaminação. 

Além disso, como vimos, o coronavírus é resistente e os sintomas podem ser muito parecidos com uma gripe, contudo, se você apresenta os sintomas (mesmo que leve) e teve contato com alguém que tenha viajado recentemente para algum dos países mais atingidos, como a China e a Itália, ou pessoas que já tiveram a doença confirmada, você deve buscar a ajuda médica.

Mais dúvidas também podem ser sanadas no portal do Ministério da Saúde, porém, agora você está por dentro de muita coisa que envolve o coronavírus, por isso não deixe compartilhar este post nas suas redes sociais para informar seus amigos também!

Um comentário em “Coronavírus: entenda sobre o risco iminente do COVID-19

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