Histologia
Tecido Epitelial de Revestimento
Tecido Epitelial de Revestimento Simples Pavimentoso (Endocárdio): Lâmina 29
O revestimento epitelial interno do coração é constituído inicialmente por epitélio pavimentoso formado apenas por uma camada de células. Esta camada epitelial apresenta seus núcleos achatados acompanhando a forma da célula e está associada ao tecido conjuntivo frouxo. Estes dois tecidos formam o endocárdio.
Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples: Lâmina 86
O preparado histológico revela a mucosa da vesícula biliar mostrando a formação de pregas mucosas revestidas por epitélio cilíndrico simples (seta). As células deste tipo epitelial apresentam núcleos basais, citoplasma abundante e bem corado e microvilosidades típicas de células transportadoras de íons.
Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples: Lâmina 92B
A região medular do rim mostra os túbulos coletores em cortes longitudinais. O revestimento destes segmentos tubulares é feito pelo epitélio cúbico simples que como características mostra células com glicocálix bem evidente e núcleos centrais e esféricos.
Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Plano Queratinizado: Lâmina 54
Corte do esôfago mostrando o revestimento da mucosa esofágica feita pelo epitélio estratificado plano (barra) não queratinizado. Ausência da camada de queratina confere uma textura mais homogênea ao tecido epitelial. Abaixo do epitélio está a lâmina própria constituída de tecido conjuntivo.
Epitélio Estratificado Plano não Queratinizado: Lâmina 67
Foi utilizada a técnica de Ayoma em um corte de pâncreas para identificação da região intracelular onde se acumula o Complexo de Golgi. Observar na porção apical das células acinares pancreáticas pontuações marron-escuras que caracterizam o acúmulo desta organela. O núcleo não aparece corado e sim, em negativo.
Tecido Conjuntivo
Fibras reticulares: Lâmina 13
Os ácinos pancreáticos pertencentes à porção exócrina do pâncreas caracterizam-se por apresentar células piramidais com ápice acidófilo (terço superior) contendo grânulos de zimogênio. A região apical das células acinares apresenta-se bem corada em rosa relativa aos grânulos secretores que contém proenzimas digestivas. A base das células é basófila devido a grande quantidade de retículo endoplasmático granular situado logo abaixo do núcleo (terço inferior).
Técnica utilizada: HE.
Lâminas Elásticas: Lâmina 41A
Corte transversal de uma artéria de grande calibre também denominada artéria elástica. O material elástico formado por lâminas elásticas concêntricas e fenestradas, aparece ondulado e corado em roxo evidenciados pela técnica da weigert.
Tecido adiposo unilocular: Lâmina 14
Caracterizado pela presença de adipócitos contendo uma lírica gota de gordura. O citoplasma apresenta-se comprimido pela presença dos lipídeos que foram dissolvidos durante a preparação da lâmina por isso este tecido é pouco corado. O núcleo localiza-se na periferia da célula técnica histológica .H.E.
Tecido adiposo multilocular: Lâmina 15
O campo apresenta células adiposas contendo vários locos de tamanhos variados e pouco corados correspondentes as gotas lipídicas. O núcleo é central e arredondado. Técnica H.E.
Tecido Mucoso: Lâmina 18
Este preparado mostra um corte de cordão umbilical onde se pode constatar uma abundância de substância fundamental amorfa, característica marcante nesta variedade de tecido conjuntivo. Também destacam-se muitos núcleos alongados de células mesenquimais e fibroblastos, não sendo aconselhável fazer a distinção entre estas células nesta lâmina. Técnica HE.
Fibras Colágenas: Lâmina 17
No corte de tendão como mostra a figura podem ser identificados os feixes de fibras colágenas fortemente acidófilas dispostas lado a lado. Entre os feixes de colágeno são vistos fibroblastos e fibrócitos com seus núcleos caracteristicamente alongados e achatados. Os Fibroblástos apresentam cromatina mais frouxa e núcleo anelado, enquanto os hibrócitos possuem núcleos contendo cromatina condensada o que confere uma forma achatada.
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: Lâmina 54
Tecido Conjuntivo Frouxo
Tecido Conjuntivo Denso não modelado
Este corte de pele palmar mostra o epitélio estratificado apoiado em tecido conjuntivo frouxo (seta) seguido de denso não modelado (barra). Pode-se perceber nitidamente a diferença entre o aspecto dos dois tipos de tecido conjuntivo pela aparência de ambos. No caso do conjuntivo frouxo ocorre um equilíbrio na frequência dos componentes do tecido. Entretanto no denso não modelado a quantidade de fibras colágenas organizadas em várias direções se sobressai aos núcleos e ao material amorfo. As fibras colágenas se salientam no tecido pela acidofilia conferida as mesmas neste preparado.
Tecido Conjuntivo Denso Modelado (Tendão): Lâmina 17
A lâmina mostra as fibras colágenas ordenadas paralelas entre si numa única direção. Entre os feixes de fibras colágenas estão os fibroblastos e fibrócitos. Para diferenciar estas duas células observa-se atentamente a coloração e a forma dos núcleos. Quando a cromatina mostra-se bem condensada, ela cora-se em roxo intenso e apresenta-se pouco volumosa. No caso do fibroblasto que possui um núcleo menos compacto caracterizado como vesiculoso a cromatina é mais frouxa e, menos corada.
Técnica HE.
Lâminas Técnica de May-Grünwald-Giemsa
Esfregaço de sangue humano corado por May-Grünwald-Giemsa onde é possível distinguir células sangüineas e fragmentos celulares normalmente visíveis em esfregaço sangüineo denominados plaquetas.
Eritrócitos ou hemáceas: em maior número e formato de disco bicôncavo, são células sem núcleo e coradas em rosa forte.
Leucócitos: agranulócitos e granulócitos.
Agranulócitos
Linfócitos: células pequenas com núcleo grande, redondo e bem corado. O citoplasma destas células apresenta-se escasso.
Monócitos: células grandes contendo núcleo excêntrico oval ou reniforme.
Granulócitos
Eosinófilos: Núcleo em geral bilobulado podendo se apresentar em forma de ferradura, e citoplasma repleto de grânulos
grandes e acidófilos.
Basófilo: Núcleo irregular em forma de "S" e mal definido devido às granulações azuladas presentes no citoplasma.
Neutrófilos: Núcleo lobulado podendo apresentar de 3 à 5 lóbulos com granulações citoplasmáticas em tom salmão.
Cartilagem Hialina: Lâmina 19
O preparado mostra um corte transversal de traquéia onde é possível distinguir a peça de cartilagem hialina envolvida por pericôndrio. Aparecem muitos condrócitos envoltos por matriz territorial separados pelo material intercelular, a matriz da cartilagem. Em alguns pontos evidenciam-se os grupos isógenos coronários que podem ser formados por até oito células originadas do mesmo condroblasto.
Técnica HE
Cartilagem Fibrosa: Lâmina 20A
A cartilagem fibrosa tem características comuns com o tecido conjuntivo denso modelado e a cartilagem hialina. Os condrócitos se mostram inseridos em lacunas e organizados em fileiras, intercalados com uma abundância de fibras colágenas dispostas paralelamente entre si. Presença de grupos isógenos axiais e ausência de pericôndrio. Técnica HE.
Cartilagem Elástica: Lâmina 20B
Corte de epiglote evidenciando a porção central da peça, composta por cartilagem elástica contendo a matriz cartilaginosa bem corada, pela técnica de Weigert, na cor púrpura, devido a riqueza de glicoproteínas e fibras de elastina presentes na matriz deste tipo de cartilagem.
Na matriz se identificam condrócitos iseridos em lacunas.
Osso Esponjoso: Lâmina 21
HE-descalcificado
Na periferia do corte pode ser identificado o periósteo, tanto sua porção fibrosa mais periférica, quanto a osteogênica mais interna. O tecido que preenche o espaço situado entre as trabéculas ósseas é o tecido reticular mielóide.
Na periferia do corte pode ser identificado o periósteo, tanto sua porção fibrosa mais periférica, quanto a osteogênica mais interna. O tecido que preenche o espaço situado entre as trabéculas ósseas é o tecido reticular mielóide.
Trabéculos ou Espículas ósseas (T): densamente coradas contendo osteócitos
Osteoblastos (OB): células colunares situadas na periferia das trabéculas ósseas.
Osteoclastos (OC): célula grande quando comparada com as demais, contendo vários núcleos e localizados preferencialmente próximos da matriz óssea.
Lacuna de Howship: área de reabsorção da matriz óssea pela atividade osteoclástica.
Medula óssea: composta por tecido mielóide constituído por inúmeras células hematopoéticas, material intercelular típico e tecido adiposo em algumas áreas.
Osso Compacto: Lâmina 22
Corte transversal de um osso longo, corado pela técnica de Schmore.
Endósteo: camada fina de tecido conjutivo que reveste internamente o osso.
Sistema Circunferencial Interno: lamelas ósseas paralelas ao conduto medular, próximas ao endósteo.
Sistema Circunferencial Externo: lamelas ósseas paralelas localizadas abaixo do periósteo.
Sistema Intermediário: representam resquícios dos sistemas Havers formados durante o crescimento ósseo.
Osteócitos, lamelas ósseas e canalículos, podem ser identificados.
Canais de Havers: situados internamente ao sistema de Havers ou ósteon. São revestidos por endósteo e abrigam vasos e nervos.
Canais de Volkman: canais transversais que comunicam os canais de Havers entre si.
Periósteo: camada de tecido conjutivo que reveste externamente o osso.
Ossificação Membranosa: Lâmina 23
A peça histológica mostra-se envolvida externamente por tecido conjuntivo seguido do periósteo.
No interior das trabéculas encontramos osteócitos e circundando as mesmas os osteoblastos. As cavidades medulares são preenchidas por tecido mesenquimal onde podem ser visualizados muitos vasos sangüineos. O principal objetivo desta lâmina é acompanhar a formação do tecido ósseo a partir da membrana conjuntiva (periósteo) que o envolve.
Notam-se também osteoclastos, que são células gigantes, multinuclenadas e acidófilas que podem ser identificadas próximas as espículas, formando uma escavação na mesma, denominada lacuna de Howship. Técnica utilizada HE.
Ossificação Endocondral (osso longo): Lâmina 24
Esse tipo de ossificação dá-se sobre um molde cartilaginoso. Identifica-se a seguir cinco regiões que representam o processo de ossificação na região da metáfise óssea.
Zona de Cartilagem em Repouso (R): região de cartilagem hialina típica, sem alteração morfológica.
Zona de Cartilagem Seriada (S): região de multiplicação dos condrócitos. Posicionados em fileiras formam grupos isógenos.
Zona de Cartilagem Hipertrófica (H): condrócitos aumentados pelo depósito de glicogênio e lipídeos, com diminuição de matriz.
Zona de Calcificação (C): mineralização da matriz e posterior morte dos condrócitos, resultando em lacunas vazias.
Zona de Ossificação (O): Invasão do tecido mielóide e vasos sanguíneos nos espaços onde se situavam condrócitos. Os osteoblastos originados de células indiferenciadas produzem matriz óssea sobre matriz cartilaginosa residual.
Técnica HE.
Tecido Muscular liso (Intestino Delgado): Lâmina 26
O campo mostra feixes de fibras musculares lisas coradas em HE em arranjos transversais (seta menor) e longitudinais (seta maior). As células são fusiformes e alongadas e núcleo central. Nota-se que quando a célula muscular tem orientação longitudinal o núcleo é alongado e em forma de bastão e quando o corte é transversal o núcleo se mostra central e redondo.
Entre os feixes e fibras musculares encontra-se tecido conjuntivo contendo muitos fibroblastos.
Tecido Muscular Estriado Esquelético: Lâmina 27
Corte de língua evidenciando feixes musculares separados pelo conjuntivo interfascicular denominado perimísio.
No corte longitudinal, observa-se feixes de fibras cilíndricas, multinucleadas, com núcleo periférico. Nota-se também as estrias transversais (Linha Z: encontro dos filamentos de actina).
No corte transversal, valorizar endomísio (tecido conjutivo que envolve cada fibra muscular), perimísio (conjutivo que envolve os feixes musculares), e epimísio (conjutivo que envolve o músculo como um todo) não visualizado nesse campo.
Nas fibras musculares esqueléticas que aparecem longitudinais é fácil identificar, quando em maior aumento, a presença de estrias transversais relativas à disposição das miofibrilas.
Tecido Muscular Estriado Cardíaco (HE): Lâmina 29
O corte mostra feixes de fibras musculares cardíacas anastomosadas irregularmente e dispostas em várias orientações envolvidas por tecido conjuntivo. Para identificação das estrias desse tecido deve-se usar o maior aumento e movimentar o parafuso micrométrico e mover o condensador. Os núcleos apresentam-se na região central das fibras em número de um ou dois e são facilmente observados quando elas aparecem em corte transversal.
Fibras de Purkinje (HE): Lâmina 30A
As fibras de purkinje constituem a porção distal do feixe atrio-ventricular e situam-se no subendocárdio. São células musculares modificadas que apresentam um halo nuclear não corado e evidente, devido ao acúmulo de glicogênio nessa região. As fibras de Purkinje são mais curtas e mais largas do que as musculares cardíacas típicas. Técnica HE.
Medula Espinhal (Método Cajal): Lâmina 32
A técnica utilizada para corar este preparado foi o Método Cajal, que permite identificar as regiões e estruturas abaixo citadas.
Primeiramente, deve-se identificar a substância cinzenta em forma de "H" no centro e a substância branca externa.
Substância Cinzenta (SC): presença de corpos de neuônios (neurônio motor multipolar estrelado), contendo evidente núcleo e nucléolo. Evidenciam-se também os núcleos das células da glia e fibras nervosas.
No meio do H medular encontra-se o canal ependimário revestido por epitélio cilíndrico simples podendo apresentar cílios em algumas regiões.
Substância Branca (SB): consta basicamente de células da glia e abundantes fibras nervosas mielínicas.
Cérebro (HE): Lâmina 33
O revestimento do córtex formado por substância cinzenta é feito pela pia-máter que apresenta células achatadas na superfície externa. Logo abaixo está uma região pequena formada exclusivamente por fibras nervosas seguida das primeiras células do córtex cerebral onde é possível identificar as células piramidais as quais emitem, cada uma, vários dentritos e um axônio por isso classificado de neurônio multipolar piramidal.
A substância branca situada mais profundamente ao corte é formada por fibras medulares.
Plexo Corióide: Lâmina 33A
Se apresentam como dobras vascularizadas da pia-máter, que fazem saliência para o interior dos ventrículos. São sustentados por tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, revestido por epitélio simples. O epitélio é formado por células ependimárias responsáveis pela síntese do LCR (líquido cefalorraquidiano). Estas células são cúbicas altas e acidófilas, típicas transportadoras de íons.
Cerebelo: Lâmina 34
Cada lóbulo é formado pela substância cinzenta que preenche o córtex cerebelar e pela substância branca (SB) que forma a zona medular.
Zona Cortical: região mais corada e periférica formada por três camadas
- Camada Molecular (M): camada externa que contém poucos neurônios e muitas fibras nervosas amielínicas
- Camada Granulosa (G): camada intrerna, contendo muitas células com núcleos fortemente basófilos, representantes dos menores neurônios do corpo.
Entre as duas já citadas está a Camada de Purkinje com células grandes e ramificadas forma; uma única camada perfeitamente identificável.
Zona Medular: região menos corada, formada exclusivamente por fibras nervosas mielínicas.
Técnica HE.
Nervo: Lâmina 35A
Cortes Transversal / Corte Longitudinal
Inicialmente distingue-se o epineuro representado pelo conjuntivo que reveste externamente o nervo contendo fibras colágenas, tecido adiposo e vasos sangüíneos. O perineuro que envolve cada feixe é representado pelo tecido conjuntivo interfascicular (várias camadas formadas por células justapostas e unidas por zônulas de oclusão). Desta forma constituem uma barreira que impede a penetração de macromoléculas não desejáveis no tecido nervoso.
Identifica-se também o endoneuro envolvendo cada fibra nervosa, formada por axônio e sua bainha envoltória identificada pela presença de célula de Schwann.
Os núcleos presentes nesse preparado são relativos às células de Schwann e fibroblastos.
Técnica de Gomori.
Cadeia Ganglionar Espinhal: Lâmina 35C
Superficialmente ao gânglio está situada a cápsula ganglionar e internamente a esta, as células ganglionares onde se salientam núcleos grandes e nucléolos evidentes. Circundando as células ganglionares estão as células satélites, fibroblastos e fibras nervosas.
Técnica utilizada: Alúmem de ferro/Hematoxilina fosfotúngtica.
Astróglia (Golgi/Hortega): Lâmina 37
A coloração (H. Ortega) utilizada salienta as células e permite-nos identificar com segurança astrócitos, tanto protoplasmáticos como fibrosos e oligodendrócitos. Os astrócitos são as maiores células da neuróglia, tem muitos prolongamentos e núcleos esféricos e centrais. Os prolongamentos envolvem os capilares sanguíneos e são identificados pela formação do pé vascular.
Os astrócitos protoplasmáticos localizam-se na substância cinzenta e os fibrosos na substância branca. Os astrócitos protoplasmáticos possuem núcleos esféricos e centrais com inúmeros prolongamentos curtos, grossos e muito ramificados conferindo uma aparência densa e ampla enquanto os astrócitos fibrosos apresentam seus prolongamentos finos, pouco ramificados e longos.
Os oligodendrócitos são menores que os astrócitos e apresentam corpo triangular e poucos prolongamentos. São encontrados tanto na substância branca como na cinzenta.
Micróglia: Lâmina 39
Utilizando um corte do cérebro e aplicando a técnica da impregnação pela prata foi possível demonstrar a presença de micróglias caracterizadas por apresentar corpos alongados e pequenos, com núcleo denso e também alongado, diferenciando-a das outras células da neuróglia que apresentam núcleo esférico.
As células da micróglia são pouco numerosos com prolongamentos curtos, finos e ramificados, nas extremidades do corpo celular, conferindo um aspecto espinhoso