24/10/2025

 A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) realizou, nesta sexta-feira (24), o 3° Encontro Comung e Casa dos Raros, evento que aconteceu no Auditório Dom Antônio Zattera. Com o tema “Doenças raras: ciência, inovação e interdisciplinaridade em ação”, o encontro reuniu profissionais da saúde, pesquisadores e acadêmicos para discutir novas abordagens no tratamento e acompanhamento de pessoas com doenças raras.

Com o propósito de evidenciar a importância da abordagem multiprofissional, o encontro, organizado pela UCPel, em parceria com o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) e a Casa dos Raros, ofereceu um espaço de debate e troca de experiências para profissionais de saúde e pesquisadores no acompanhamento de pessoas que convivem com doenças raras, com ênfase na ciência. A iniciativa integra também o 24º Congresso de Medicina da UCPel.

O reitor da UCPel, José Carlos Pereira Bachettini Júnior, entende que este é um espaço amplo, de debate sobre um tema muito importante: “é uma honra tornar a UCPel o espaço para este debate. Eventos como esse estimulam a melhora no diagnóstico. A nossa luta é para que as doenças raras sejam tratadas em um âmbito que vai além do paciente, mas sim que integrem as famílias e cuidadores”, citou. O reitor ainda enfatiza que esta deveria ser uma política pública para benefício de toda a população: “lutamos tornar este um programa do Estado brasileiro”, finalizou. 

A idealizadora do evento, a professora da UCPel Gabriele Ghisleni, explicou que o Encontro Comung e Casa dos Raros visa não apenas ampliar o conhecimento técnico, mas também criar uma rede: “com o apoio das universidades, a Casa dos Raros atende em Porto Alegre com uma equipe multiprofissional. Assim criamos uma rede e fazemos uma melhor capacitação para estudantes, profissionais e também para as famílias”, concluiu.

O coordenador do grupo de trabalho Comung – Doenças Raras e professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), André Anjos, especifica a importância de um debate amplo: “para que possamos desmistificar o raro, precisamos debater. Em alguns casos, doenças podem ser subdiagnosticadas e isso faz com que leve a esta nomenclatura. Por isso, é importante que debatemos esse assunto em espaços de destaque, como a UCPel”, entende.

Além das palestras e mesas-redondas, o evento foi transmitido ao vivo para aqueles que não puderam comparecer presencialmente, permitindo a participação de um público mais amplo. Representantes das universidades comunitárias do Rio Grande do Sul, assim como autoridades dos governos Estadual e Municipal, também marcaram presença, fortalecendo a importância de iniciativas como essa para o avanço do cuidado com doenças raras no estado.

Fotos: Leandro Lopes

Redação: Lucas Pereira