A equipe de Dermatologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) juntamente com alunos da Liga Acadêmica de Dermatologia (Laderma) e o professor Ralph Rosa estão realizando testes com as 40 substâncias que mais causam dermatite de contato alérgica no mundo. 

O teste, conforme informa Rosa, é de difícil acesso, sendo realizado apenas em grandes centros do país. “É um exame de valor elevado e que mesmo assim temos dificuldade de encontrar inclusive no particular, pois raros dermatologistas sabem aplicá-lo com treinamento correto.” relata. 

O projeto está em andamento desde abril e tem a expectativa de manutenção por mais um ano, com aplicações semanais e duas leituras do mesmo paciente na mesma semana (os atendimentos ocorrem às segundas, quartas e sextas). Professores e alunos realizam o projeto de forma não remunerada. 

“Os pacientes saem ganhando por terem acesso a um exame caro, de alta importância para sua doença e os alunos ganham com uma experiência já na graduação que somente teriam caso chegassem a uma residência de Dermatologia, mesmo assim com acesso bem limitado.’’ comenta o professor. 

Além de Rosa, o projeto também é coordenado pelos professores do curso de Dermatologia Hiram Larangeira de Almeida e Joice Brião Göebel Pinto. 

Dermatite de contato

A dermatite de contato é uma reação inflamatória produzida por agentes externos que entram em contato com a pele, geralmente por contato direto, embora também possa ser desencadeada por contato indireto, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Geralmente é classificada como dermatite alérgica de contato e dermatite irritante, embora ambos os mecanismos possam coexistir. 

Em caso de suspeita de dermatite alérgica de contacto, o médico realiza exames com as substâncias que mais frequentemente causam alergias (bateria standard) e que variam conforme o país onde são realizados. Existem baterias mais específicas em relação ao trabalho do paciente (cabeleireiro, agricultura, calçado…) ou medicamentos suspeitos (corticosteroides, anti-inflamatórios, anestésicos locais, etc.).

redação: Pedro Vargas