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O grupo conhecido como geração millennials é composto pelas pessoas que se tornaram adultas no início do milênio, ou seja, aquelas que nasceram entre as décadas de 1980 e 1990. Esse é um conceito sociológico que se refere às características mais comuns, que estão relacionadas ao contexto tecnológico, político e social dos períodos do nascimento e da juventude.

Os millennials cresceram com as transformações tecnológicas e com as novas formas de comunicação. Também viram as preocupações com o meio ambiente se tornarem um tema amplamente debatido e os smartphones virarem uma realidade.

Atualmente, essas pessoas compõem o mercado de trabalho e tomam decisões de grande impacto para o mundo, inclusive na área médica. É importante entender o que isso representa para a saúde do futuro, e como afeta a vida dos profissionais e de seus pacientes, pois pode orientar a prática.

Continue a leitura, conheça mais sobre os médicos e pacientes da geração millennials e o que esperar para o futuro da área.

Quem são os médicos da geração millennials?

A forma dessa geração lidar com a carreira é diferente da anterior, chamada de geração X, o que pode gerar algumas divergências no trabalho.

Os millennials são pessoas que costumam encarar a profissão como uma forma de contribuir com a sociedade, mas com respeito ao perfil individual, aos seus valores e ao estilo de vida escolhido. Eles não consideram o trabalho apenas como uma forma de sustento, pois está diretamente associado ao seu projeto de vida.

De acordo com a revista Exame, existem dois perfis diferentes para a geração millennials. São eles: os mais jovens, que tiveram a infância e adolescência já nos anos 2000, e os mais velhos, que viveram essas fases nos anos 80 e 90 — aqueles que já atuam na área da medicina.

Segundo a estimativa feita pela revista, os old millennials são mais flexíveis e otimistas, se preocupam em conseguir um bom emprego e manter os estudos, além de valorizar os momentos de pausa e relaxamento.

Quais são as características dos novos pacientes?

Assim como isso interfere na atuação dos médicos, traz também uma mudança no perfil dos pacientes que são atendidos. A principal diferença dessa geração está no acesso e na familiaridade com a informação.

Se as pessoas mais velhas mantinham a relação de total confiança com os médicos, os millennials já assumem uma postura de ponderação diante daquilo que ouvem no consultório.

Com isso, surge uma novidade significativa nessa relação entre o médico e o paciente: o Dr. Google. Uma pesquisa feita pelo próprio Google mostrou que 26% dos brasileiros pesquisam no buscador quando sentem algum desconforto.

Como as características da nova geração interferem no trabalho médico?

A área médica se beneficia muito das contribuições trazidas pela geração de profissionais mais jovens. Isso acontece porque eles têm um perfil bastante engajado, inovador e preocupado com o conhecimento. São características fundamentais para a saúde, que é uma área que precisa constantemente ser repensada, de forma a garantir o melhor atendimento.

Os pacientes são mais autônomos no que diz respeito ao cuidado com a própria saúde. O hábito de fazer pesquisas antes de buscar atendimento pode ser positivo, pois ajuda a orientar as perguntas realizadas durante a consulta e trazem esclarecimentos sobre os cuidados pessoais.

O lado negativo dessa mudança de comportamento é quando isso provoca pânico, autodiagnóstico, crença em informações falsas ou mesmo o descrédito no parecer médico que seja diferente da pesquisa realizada.

Esses novos perfis também abrem caminhos para tendências modernas na saúde, pois a aceitação é bem melhor. A telemedicina, por exemplo, é uma nova proposta que tem boas chances de se tornar uma realidade nas nossas vidas, assim como outras tendências tecnológicas que contribuem com a prática médica.

Quais são os desafios que isso representa para a carreira?

As tendências para o futuro proporcionam melhorias ao setor, mas também surgem alguns desafios. É preciso trazer cada vez mais a tecnologia para o cuidado com a saúde, sem perder a preocupação com o atendimento humano. Nesse sentido, é essencial se preparar para as mudanças que a evolução na área médica representa.

As ferramentas modernas são importantes aliadas para melhorar o cuidado com o paciente, facilitar o trabalho e transmitir mais confiança. A atualização constante também não é tarefa fácil. A dedicação dos estudos exige sempre um esforço, que precisa ser conciliado com o complexo exercício da profissão.

A tecnologia deixou as pessoas com a concentração mais curta, e esse é outro ponto que merece bastante cautela, já que o atendimento médico demanda foco total no cuidado com a saúde e comprometimento com o momento.

A consulta clínica tem extrema importância para que se investigue e examine corretamente o paciente. Além disso ser essencial para um bom diagnóstico, faz toda a diferença na satisfação do paciente e no respeito que ele sente que o médico demonstra em relação à sua saúde.

A forma de comunicação também deve ser adaptada, mas sem que isso exclua pessoas de diferentes épocas. O agendamento virtual ou canais mais simples e confiáveis de trocas de informações são propostas que precisam ser colocadas em prática. Em resumo, a carreira precisa ser reinventada.

Como aliar a convivência entre profissionais e pacientes de diferentes gerações?

Convivemos com diferentes gerações em todos os setores, e isso não deve ser um problema. Os médicos mais jovens podem aprender muito com os profissionais experientes, enquanto os mais velhos também podem se beneficiar das inovações e diferentes visões dos millennials.

O ideal é que essas relações sejam enriquecedoras e tragam mais pluralidade para o exercício da Medicina. O mais importante é que isso aconteça de maneira humanizada, comprometida e responsável.

Da mesma forma, os pacientes também devem ser compreendidos. É fundamental que os médicos consigam uma boa comunicação com pessoas de todas as idades, para que transmitam confiança e tranquilidade no cuidado.

Como vimos, a geração millennials tem muitas características que podem beneficiar a atividade médica. É importante compreender como são os pacientes e os profissionais dessa época, pois isso permite mais aprendizado e um grande crescimento para a área.

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